Nada havendo sobre o que meditar, não existe nenhuma meditação.
Nada havendo que se perca, nada se perderá, se alguém for orientado pela memória.
Sem medita, sem se perder, olhai para o Verdadeiro Estado, onde a autocognição, o autoconhecimento, o auto-esclarecimento brilham resplandentemente. Estes, que assim brilham, são chamados de “A Mente Bodhisáttvica”.
No Reino da Sabedoria, transcendente a toda meditação, naturalmente iluminadora, onde não há nenhuma perda, os conceitos vácuos, a auto liberação e o Vazio primordial são o Dharma-Kaya.
Sem a percepção disto, o Objetivo do Caminho Nirvânico é inatingível.
Simultaneamente a esta percepção, o estado de Vajra-Sattva é percebido.
Estes ensinamentos que exaurem todo o conhecimento são extraordinariamente profundos e imensuráveis.
Embora seja contempláveis sob uma variedade de formas, para esta Mente da Sabedoria de autocognição e auto-origem, não existem duas coisas tais como contemplação e contemplador.
Quando são exaustivamente contemplados, esse ensinamentos fundem-se em reconciliação com o buscador erudito que os procurou, embora o próprio buscador, quando procurado, não possa ser encontrado.
Em consequência disso, o objetivo da busca é alcançado, e ocorre também o fim da própria busca.
Então, nada mais existe a ser buscado; nem há necessidade de se buscar alguma coisa.
Esta Clara Sabedoria sem começo, vazia e inconfundível da autocognição é a mesma apresentada na Doutrina da Grande Perfeição.
Embora não existam duas coisas tais como conhecer e não conhecer, existem profundas e inúmeras espécies de meditação; e, no fim, é incomparavelmente sublime, conhecer a própria mente.
Não existindo duas coisas tais como o objeto da meditação e a pessoa que medita, se, pelos que praticam ou não praticam a meditação o que intenta a meditação for procurado sem ser encontrado, em razão disso o objetivo da meditação é alcançado, bem como o próprio final da meditação.
Não existindo duas coisas tais como a meditação e o objeto da meditação, não existe necessidade alguma de cair sob o domínio da profunda e obscurecedora Ignorância, pois como resultado da meditação sobre a imutável quintessência da mente, a Sabedoria não criada brilha instantaneamente de forma clara.
Embora exista uma variedade inumerável de práticas profundas, para a própria mente em seu estado verdadeiro elas são não-existentes, pois não existem duas coisas tais como existência e não-existência.
Não existindo duas coisas tais como prática e praticante, se, por aqueles que praticam ou não, o praticante for procurado sem ser encontrado, por conseguinte, o objetivo da prática foi conseguido, bem como o próprio final da prática.
Por conseguinte, como desde a eternidade nada existe para ser praticado, não há necessidade de cair sob a influência de propensões desnorteadas.
A Sabedoria não-criada e auto-radiante aqui apresentada, sendo inativa, imaculada, transcendente sobre a aceitação ou rejeição é, em si mesma, a prática perfeita.
Embora não existam duas coisas tais como o puro e o impuro, existe uma variedade inumerável de frutos da Ioga, todos os quais, para a própria mente em seu Estado Verdadeiro, são o conteúdo consciente do Tri-Kaya não criado.
Não existindo duas coisas tais como ação e realizador da ação, se alguém procurar o realizador da ação e não encontrar nenhum realizador em lugar algum, em consequência disso, o objetivo de toda a colheita do fruto é alcançado, bem como a própria consumação final.
Não existindo nenhum outro método, qualquer que seja, de colher o fruto, não há necessidade de cair sob a influência das dualidades, de aceitar ou rejeitar, confiar ou não confiar nestes ensinamentos.
A percepção da Sabedoria auto-radiante e auto nascida, assim como a manifestação do Tri-Kaya na mente auto-cognoscente é o próprio fruto da realização do Perfeito Nirvana.
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